Tu és o meu refúgio - Louvor e Adoração

Cristãos que brilham no escuro - Um Devocional

*Os teus testemunhos recebi-os* - Louvor e Adoração

A vereda dos justos ‐ Louvor e Adoração

Desfalecem me os olhos Louvor e Adoração

Desprezas os que se desviam - Louvor e Adoração

Quem escreveu a carta aos Hebreus?

 A Carta aos Hebreus é atribuída a vários escritores: Barnabé – Lucas, o Médico – Priscila – e

outros. Para mim a resposta está no próprio Novo Testamento. Se conferirmos alguns versículos das duas epístolas do apóstolo Pedro, o nome do autor da Carta aos Hebreus saltará diante dos nossos olhos. Vejamos, então, esses textos escritos por Pedro: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia,

Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pd 1.1); “Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo” (2Pd 3.1ª). No primeiro texto citado acima Pedro mencionou a palavra “Dispersão”, que é um termo chave para chegarmos a uma conclusão sobre o autor da Carta aos Hebreus. No livro de Atos está escrito: “Naquele dia (quando Estêvão foi morto), levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; E TODOS, exceto os apóstolos, foram

dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria” (Atos 8.1). Os judeus que haviam crido no Senhor Jesus foram perseguidos e dispersos pela Judéia e Samaria. Pedro menciona outros lugares onde esses dispersos haviam chegado: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1Pd 1.1).

Ficou claro que o apóstolo Pedro estava escrevendo aos hebreus que foram perseguidos e

tiveram que fugir de Jerusalém (Atos 8.1). Mas no final da sua Segunda Epístola, Pedro fez uma declaração que, no meu entendimento, prova que Paulo é o autor da Carta aos Hebreus: “E tende por salvação e longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada”

(2Pd 3.15). Pergunto: Onde está a carta que Paulo escreveu aos judeus da dispersão? A resposta mais coerente para mim é: A Carta aos Hebreus!

(Délcio Meireles)

QUARENTA E UMA OU QUARENTA E DUAS GERAÇÕES?

 

“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu a fim de ir para um lugar que deveria receber como

herança; e partiu sem saber para onde ia” (Hb 11.8).

O Evangelho de Mateus inicia com a informação das Quarenta e Duas Gerações, desde Abraão até

Cristo (Mt 1.1-17). Quando o Senhor chamou Abraão pela primeira vez para sair da sua terra, ele ainda

estava em Ur dos Caldeus (Atos 7.2). Mas em Gênesis está escrito que quem tomou a iniciativa de

sair de Ur foi Tera, pai de Abraão: “Tomou Tera a Abrão, seu filho ... e saiu com eles de Ur dos

Caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram” (Gn 11.31). Mas a chamada de

Abraão era para sair da terra e da sua parentela (Atos 7.3). Tera junto com Abrão, Ló e Sarai foram

até Harã onde permaneceram até a morte de Tera aos duzentos e cinco anos (Gn 11.32). O nome

“Harã” significa “Desperdício”, e indica claramente que a obediência de Abraão havia sido parcial. Ele

havia saído de Ur, mas não da sua parentela. Mas com a morte do seu pai, Tera, veio a segunda

chamada do Senhor a Abraão (Gn 12.1). Mas a obediência ainda não foi completa: Ló, seu sobrinho,

permanecia com ele. Gênesis 13 informa a separação definitiva de Abraão com a sua parentela,

e nesse ponto o Senhor repetiu Sua promessa ao Seu servo, Abraão, de forma ainda mais completa.

Feita essa introdução, nós chegamos à pergunta inicial: Abraão não sabia para onde ia? Segundo o

registro das quarenta e duas gerações em Mateus 1, se nós seguirmos cada personagem mencionado,

onde nós chegaremos? No final dessa lista de pessoas, quem nós encontramos? “Jesus, que Se

chama o Cristo” (Mt 1.16). Não pretendo contradizer a Palavra de Deus, porque Paulo escreveu pelo

Espírito Santo que Abraão “não sabia para onde ia” (Hb 11.8). Isso é verdadeiro, fisicamente falando;

mas aqui estamos fazendo apenas uma aplicação espiritual. O alvo de Abraão era Jesus Cristo. E isso

é muito interessante, porque o próprio Senhor Jesus disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu

dia, viu-o e regozijou-se” (João 8.56. Irmãos, vocês já imaginaram isso? Abraão, sozinho, saltando de

alegria, porque estava vendo “o dia de Jesus”? E em Hebreus está escrito que muitos do passado,

incluindo Abraão, viram as promessas e “saudando-as” (Hb 11.13). Pense comigo: Abraão saltando de

alegria e acenando com a mão, mas sem ninguém nem coisa alguma diante dele! Qualquer que visse

essa cena diria: Coitado do Abraão! Está caducando!

Mas preciso completar um ponto importante sobre esse assunto: Já contei inúmeras vezes

quantas gerações foram registradas em Mateus 1, mas só encontrei quarenta e uma! Mas está escrito

que de Abraão a Davi são catorze gerações; de Davi ao exílio na Babilônia mais catorze; e do exílio na

Babilônia até Cristo, catorze (Mt 1.17). Partindo de Salatiel e indo até Jesus nós só encontramos

quarenta e uma gerações! Onde está a quadragésima segunda? Creio que a resposta quem

nos dá é o apóstolo Paulo.

Na sua Primeira Carta aos Coríntios Paulo declarou: “Porque, assim como o corpo é um e tem

muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo assim também é ...”.

Sem ler o texto bíblico, qual seria a sua resposta?

Qual é o corpo que tem muitos membros e mesmo assim é apenas um corpo? Não é a Igreja? Sim e

não! Na minha tradução está escrito: “Assim também com respeito a Cristo”! Mas no original Grego é

diferente: “Assim também é Cristo”! Então, Cristo nesse versículo, deve ser interpretado assim: Cristo,

a Cabeça; a Igreja, os membros! Agora sim, encontramos a geração número quarenta e dois:

Jesus = geração 41 --- Cristo = geração 42. Mas é Cristo como Cabeça, e a Igreja como Corpo. O

“Cristo” mencionado por Paulo em 1 Coríntios 12.12 é a união de Jesus como Cabeça e a Igreja como

Corpo!

(Délcio Meireles)

Saindo ou entrando em Jericó

 No Novo Testamento nós encontramos duas declarações “aparentemente” contraditórias: Mateus 20.29 e Marcos 10.46 dizem que Jesus “saía de Jericó”; e Lucas 18.35 diz: “Aconteceu que, ao aproximar-se Ele de Jericó”. Pergunto: Jesus saía ou entrava em Jericó?

Com certeza existe uma explicação para essa aparente contradição, porque as Escrituras não

contêm erros desse tipo ou de outros. Onde está, então, a solução desse enigma? Os filhos de Deus cometem muitos erros por não possuírem um conhecimento mais completo das Escrituras no seu todo! (Por favor, não entendam que eu estou declarando que possuo esse conhecimento mais completo!). Essa questão foi levantada e respondida por outra pessoa, mas infelizmente não recordo o nome. Mas vamos à resposta! Quando Israel estava para entrar em Canaã, o Senhor Deus ordenou que a cidade de Jericó fosse destruída (Jos 6.2). As muralhas ruíram e Raabe com sua família foram salvas (Jos 6.22-25). Então Josué fez o povo jurar e

dizer: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos e, à custa do mais novo, as portas” (Jos 6.26). Mais tarde Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu

Segube, seu último filho, segundo a palavra do Senhor, que falara por intermédio de Josué, filho de Num” (1Reis 16.34).

A explicação? A antiga Jericó que Hiel tentou reconstruir ficou em ruínas, porque não podia ser

reconstruída! Mas uma “nova” Jericó foi construída, porque a maldição era sobre a antiga cidade! Assim fica explicado porque Mateus e Marcos registraram que Jesus “saía” de Jericó, a nova Jericó. Mas Lucas declarou que Jesus “Se aproximava” da antiga Jericó, que ficou em ruínas desde os dias de Hiel, o betelita! Assim a aparente contradição é resolvida!

(Délcio Meireles)

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