sábado, 20 de abril de 2024

A Morte Foi Vencida por Jesus Cristo

 "(…) para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte (…)" (Hb 2:14) 

Ó filho de Deus, a morte perdeu seu aguilhão, pois o poder do diabo sobre ela está destruído. Então, deixe de lado o medo de morrer. Peça graça a Deus-Espírito Santo por um conhecimento profundo e uma firme crença na morte de teu Redentor, para que sejas fortalecido naquela hora de temor. Vivendo próximo da cruz do Calvário poderás pensar na morte com prazer e recebê-la com intenso deleite quando ela vier. É doce morrer no Senhor; é uma abençoada aliança dormir em Jesus. A morte não é mais banimento, porém um retorno do exílio, um ir para casa onde as muitas moradas em que os entes queridos já habitam. A distância entre os espíritos glorificados no céu e os militantes santos na Terra parece ser grande, mas não é assim. Não estamos longe de casa; apenas um momento nos levará para lá. A vela está estendida; a alma é lançada sobre o abismo. Quanto tempo levará essa viagem? Quantos cansativos ventos baterão sobre a vela antes que ela seja rizada no porto de paz? Por quanto tempo a alma será arremessada sobre as ondas antes de chegar a esse mar que não conhece tempestade? Ouça a resposta: "Desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2Co 5:8). Aquele navio acaba de partir, porém já está em seu refúgio. Bastou-lhe estender sua vela e já está lá. Como aquele barco dos tempos antigos, sobre o lago da Galiléia, uma tempestade se arremessou sobre ele, mas Jesus disse: "Cala-te, aquieta-te" (Mc 4:39) e imediatamente chegaram à terra. Não pense que um longo período se interpõe entre o instante da morte e a glória eterna. Quando os olhos se fecham na Terra, eles se abrem no céu. Os cavalos de fogo não são sequer um instante no caminho (2Rs 2:11). Então, ó filho de Deus, o que há para que temas a morte, uma vez que, através da morte de teu Senhor, sua maldição e seu ferrão foram destruídos? E, agora, ela é apenas a escada de Jacó, cuja base está no escuro túmulo, mas seu topo atinge a eterna glória


(Devocional de C. H. Spurgeon)

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